quinta-feira, 18 de abril de 2013

Moça

     Os pensamentos vêm e vão. Pessoas entram e saem de nossas vidas. Músicas são as nossas preferidas e, no dia seguinte, esquecemo-las. Porém, há aquelas que nunca queremos que se vá de nossos pensamentos, do cotidiano. Do coração.

     Aquelas que, logo depois do "até logo", já nos causam saudade tamanha como se houvesse organicidade em tudo que é vivo, mas esta nos unisse a determinados seres de forma fascinantemente acentuada.

     Sorrisos cativantes que grudam na psique e, sem por que, você acorda se imaginando ao lado daquela pessoa, escutando aquelas músicas. Estas podem ser que nunca venham. Independentemente disso, nunca realmente se vão.

13/01/12

sábado, 30 de março de 2013

Montanhas e Pessoas


     Não sei se o que eu sinto pode ser chamado exatamente de "alma", só sei que algo me faz sempre querer olhar além do horizonte. Apesar de não ter a imaginação fértil, o desconhecido me fascina, a diversidade me provoca, e eu tenho vontade de olhar além da vista, mas ao mesmo tempo minhas raízes são tão profundas, tão essenciais que não quero perdê-las nunca.

     Onde eu encontro abrigo, eu me sinto bem, porém o externo me chama de uma forma desafiadora. O risco tenta corroer as idéias, e eu permaneço pois a certeza do amor é tão acolhedora que, em última instância, nada daquilo tem sentido.

      E isso vale tanto para montanhas quanto para pessoas.

26/12/11

quarta-feira, 27 de março de 2013

A paz


     A paz é livre? Ou é gratuita? Sonhar às vezes dói, porque parece algo completamente inimaginável. No fundo é o que todo mundo quer, então por que não ter?

     O valor é o que nos aprisiona, e não nos deixa respirar a beleza das coisas sem pensarmos no seu valor (econômico ou não). Imagine um mundo sem valor, onde tudo possui a mesma significância...onde todos possuem a mesma significância.

     É tanta dúvida que elas tiram minha paz. A falta dela nos outros me incomoda, por isso não consigo me alienar. Cruzar os braços parece tão confortável mas não é possível se separar totalmente do outro, daquele que sofre devido a motivos que certamente me são estranhos. No fundo, todo mundo sente, então por que as coisas são como são?

     Pode ser que não sejam verdade tais pressupostos (até porque, no final das contas, o que é a verdade senão um ponto de vista conveniente?) mas, seja com uma revolução ou com uma banda, ela precisa ser constantemente almejada. No fundo, todos querem paz.

15/12/11

segunda-feira, 25 de março de 2013

Rwanda


     Tão longe, mas tão perto. O que separa a gente de lá é só um grande oceano e... nada mais. O coração daquela gente que sofre é o mesmo coração do brasileiro que viu a escravidão (diga-se de passagem, de muita gente de lá), uma ditadura que nada tinha a ver com o povo, uma democracia que nada representa.

     Mas o coração é como o nosso, bate do mesmo jeito e em uma sintonia quase perfeita com o ritmo de seus tambores. Por mais que o homem branco queira colonizar, a cultura se mostra combativa. Assim como nossos "índios" que pouco tem a ver com a Índia, o grande "arrastão do progresso" quer engolir a ancestralidade, a vida e o ar de povos que sufocam mas não morrem antes da última partícula de oxigênio ser devidamente respirada.

     Xingu vive, mas não só o Xingu. Enquanto ele viver, nossa consciência viverá.

10/12/11

sexta-feira, 22 de março de 2013

Como é o céu


     Desde pequeno, me perguntei como ele devia ser. Ouvia dizer que era algo perfeito, onde todos eram felizes. Mas sempre me pareceu inconcebível a idéia, pois a tristeza também é parte fundamental em um ser humano, inclusive para sua alma.

     Será que as pessoas viveriam todas juntas e saberiam de tudo, o conhecimento seria universal? Pode ser que tudo isso seja possível, se houver um deus (que foge a minha compreensão, de fato), mas mesmo assim, não conseguia me contar com essa simples crença no impossível. Por pior que seja dizer isso, me parece que é de minha natureza contestar o que não faz pleno sentido em minha cabeça.

     Cresci um pouco e resolvi que, independente disso, o que nos cabe é tentar fazer com que a nossa realidade cada vez mais se pareça com isso que alguns chamam de "céu".

08/12/11

terça-feira, 19 de março de 2013

Introdução

decidi deixar aqui um pedaço de mim, para mim mesmo, e quem, assim como eu, gostar de apreciar as dores alheias para esquecer as próprias. começo aqui com algo que não é meu, mas eu sinto:

"under constant correction,
a fraud,
a fraud,
someone's perception, trying not to bore
i'm a cold-hearted kidda,
applaud
applaud
if you're the highest bidder, i'm yours

you figure out pathetic sets
we're not sure of the etiquette
we think out pathetic sets
we're not sure of the etiquette

and if you found this it's probably too late
clinically cynical, hereditary hate
if you found this it's probably too late
approaching the pinnacle and running out of mates

if we concentrate on being off the cuff
not sure we're ready but probably rough
frightened that honesty isn't enough
and it's nothing on the early stuff"

(arctic monkeys - if  you found this it's probably too late)